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Maia, Moreira da Maia, Portugal
Nascido a 11/10/1975-Casado Profissão:Assistente Técnico em Laboratório de Alta Tensão Empresa-EFACEC Contacto: jorgeivone@gmail.com

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cavalls Del Vent 2011


Distância total
84,54 Km
Desnível acumulado
12180 Metros
Desnível positivo
6098 Metros





Clasf. 8º -10h31m

Como é possível? Ainda em Chamonix, com o pé elevado… com dores…a fazer analgésicos…não sabia a gravidade da lesão, muito menos o seu tempo de recuperação…ainda aceitar o fracasso…mas o próximo desafio estava na mente: Cavalls Del Vent… só possível porque gosto de correr, de superar-me, correr riscos, não me dar por vencido e ter toda uma equipa em meu redor altamente profissional…somos amadores, mas muito profissionais no que fazemos…rigor, disciplina e muita paixão…

Agradeço a Drª Maria da Cunha (Médica Fisiatra) o seu profissionalismo, mais ainda a sua entrega e dedicação, foi preponderante no avaliar, diagnosticar, intervir e na prevenção, ao Paulo por sempre me apoiar, por acreditar em mim, pela capacidade de me motivar, a minha evolução como atleta devesse em muito ao seu talento….

A minha associação desportiva Adefacec, agradeço o seu apoio financeiro, só com a vossa ajuda foi possível estar presente…obrigado!

Mas a base de tudo isto são os amigos, a família…em especial a minha mulher Ivone , por acreditar em mim e no meu sonho…muitos são os sacrifícios…não sei como agradecer-lhe…

Dia 30 de Novembro, encontro no aeroporto com os meus companheiros de aventura: Susana Simões, Telmo Veloso e Marco Silva…destino Barcelona…chegados a Barcelona, viagem para o local de peregrinação “Bagá”, a meio do caminho paragem breve para jantar…24.00h- hora local chegada ao destino… ansiedade, o nervosismo estava presente…faltava 10horas para o inicio…tempo de descansar…ou não… a restante comitiva Portuguesa estava atrasada, Pedro Basso chegou ao nosso quarto perto das 4 da manhã, estava-mos a sua espera… como sempre a noite que antecede a prova não consigo dormir…


Levantei-me cedo, fui tomar um pequeno-almoço reforçado…sabia que iria precisar…ainda tinha a tarefa de colocar as ligadura-Tapes, no tornozelo, tinha de prevenir…
Estava de saída, ansioso por estar na partida…sentia necessidade da pressão, do ambiente da partida…mas no hall de entrada do hotel estava Zigor Iturrieta - corredor Basco, que admiro…uma pessoa com grande determinação e muita humildade, para mim um grande momento…Zigor abordou-me…reconheceu-me de outras provas…brutal…momento mágico!
Caminhava tranquilo para o centro de Bagá, ao som da música “ O Ultimo dos Moicanos” , arrepiante…tremendo!
Linha de partida, ambiente estranho, esquisito até…todos os atletas descontraídos, grupos em autentica galhofa…as estrelas como Kilian, Miguel Heras, Iker Carrera, Aitor Leal, Zigor, Tófol, Lorblanchet, Rickey Gates…muitas estrelas mais, na maior das descontracções, conversavam, tiravam fotos…o olhar carregado não existia, com o aproximar da hora, aí sim, muita concentração.




Tiro de partida, pouco depois estava a subir…subida longa, perto de 14km, do centro de Bagá-800m alt. Até ao refúgio de Niu de L´Aliga-2520m alt., o fantasma UTMB estava na mente…fisicamente estava quase a 100%, mas faltava-me a confiança…não sabia como o tornozelo iria comportar-se…a descer ia tirar todas as dúvidas…
Subida muito forte, a um ritmo tremendo… durante algum tempo, não muito… conseguia ver o grupo da frente, tinha uma estratégia montada… nunca olhar para trás, fazer a minha prova, nas subidas tentar progredir, sempre a progredir…não tinha tempo sequer para lamentações, seria sofrer…sabia que nas descidas não ia poder arriscar…lutava com as armas que tinha, aproveitar ao máximo o ambiente…centenas de pessoas a vibrar com os atletas, apoiavam, berravam, tocavam…não tenho palavras para descrever, arrepiante. A meio da subida tinha deixado para trás o meu amigo Basco-Zigor…ainda era o começo, mas estava com boas sensações, estava a curtir o momento, mais ainda a paisagem…tempo não faltou, 13km em 1h57min…durinho!




Chegada ao refugio de Niu de L´Aliga, aí mais uma vez fabuloso…no abastecimento não faltavam alimentos sólidos e líquidos, ambiente acolhedor, os elementos da organização sempre interactivos, perguntavam o que queríamos, ajudavam a encher os bidões, era uma constante perguntarem como nos sentia-mos, se estávamos com mazelas, era evidente que a integridade mais a segurança dos atletas era prioridade, parabéns a organização… Altura de respirar… tinha pela frente uma descida longa em direcção ao refugio Serrat De Les Esposes, sensivelmente aos 28 km de prova…, como tinha planeado não arrisquei, comecei a entrar no meu estado de espírito perfeito, sensação de vazio…controlava todas as minhas emoções, o meu ritmo cardíaco…estava feliz…tinha tomado mais um alucinogénio….
Por breves instantes distrai-me, observava ao longe um corredor…fantástico…brutal…como era possível ele dominar os bastões com uma eficácia e elegância, a subir, a descer, a correr, a caminhar…nunca vi, entretido com aqueles movimentos e embalado pelo seu ritmo, tínhamos passado algum tempo o refugio Serrat De Les Esposes…tinha chegado o momento de ir embora, cumprimentamo-nos e desejamo-nos boa sorte…
Penso que tenha sido neste refugio-Dels Cortals…ouvi o meu nome…não podia ser, não acreditava que alguém ali me conhece-se…puro engano… grande momento…Fernando Pinto… gritava por mim, vinha ao meu encontro… foi muito motivador, o carinho e apoio de um amigo.
Sabia que o mais difícil da prova estava a chegar, mas a motivação e confiança aumentava…os Tapes que tinha colocado no tornozelo estava a funcionar, não tinha perdido a estabilidade…mas arriscar nem pensar…
Próximo objectivo, refugio Prat D´ Aguiló-abastecimento aos 42km, seria o maior abastecimento, proporcionava a troca de roupa e calçado aos atletas, para isso tinha que se deixar no dia anterior a prova um saco próprio dado pela organização...




Estou a chegar ao abastecimento, não tinha intenções de perder muito tempo… mas a tempo de ver o inconsolado Iker Carrera, tinha abandonado…semblante carregado…não há milagres, Iker tinha feito um estrondoso 2º lugar no UTMB á pouco mais de 1 mês, nesse mesmo instante confirmou-se o que tinha ouvido no último abastecimento… Kilian Jornet também tinha desistido… duro golpe para a Salomon, mas outros elementos da marca estavam em prova…
Saí do abastecimento, mais uma vez cruzei-me com Zigor…bom sinal…tinha andado a sua frente 42km… agora sim começava a prova… subida poderosa, muito forte, técnica a mais difícil até ao meu momento…ponto chave da prova…altura de puxar pelos Bastões…não os domino… ainda…mas tinha de ser…aliviada por momentos as pernas…mas tinha o efeito contrário, outros membros (braços) a trabalhar… significa mais desgaste…

A meio da subida, nem queria acreditar…outra vez, não era possível… Fernando Pinto novamente …como veio ele aqui parar, só mesmo de helicóptero pensava eu (confirma-se), gritava, berrava chamava-me nomes…episódio ao nível da volta á França em bicicleta, não sei como mas acompanhou-me até ao cimo…está em forma…mais uma vez foi reconfortante ter alguém presente fisicamente…
Esperava-me agora uma descida longa até aos 60km- Refugio Gressolet, alguns single tracks, mas quase sempre em estradões…num desses single tracks estava mais um atleta sentado, parei…perguntei se precisava de alguma, simplesmente disse-me que as pernas não davam mais…confortei-o, segui viagem…
Concentrei-me no ritmo cardio-respiratório, tinha passado pelo pior…metade da prova estava feita, faltava “só” uma maratona…agora era sempre a descer em estradões…questionava-me porque ia sozinho, era estranho Zigor não aparecer, logo ele…sempre muito forte nas descidas… Sabia que não estava a descer rápido… mas descia seguro… aproveitei aquele terreno firme para hidratar, pois estava bastante calor… tinha de chegar Gressolet.
Saio de Gressolet, aprece o dito (Zigor) …melhor opção…aguardar pela sua companhia…tentar ir a sua boleia…mas entretanto tinha a subida para Coll De La Bauma, ataquei…sentia-me forte…mas as pernas começavam a fraquejar.cheguei ao topo sozinho…agora era doer...faltavam 21kkm para Bagá…finalmente tinha a companhia do Zigor…surpresa outro corredor vinha com ele...coloquei-me entre os 2…foram 13 km loucos, sempre em trilhos estreitos…muito técnicos…inúmeras armadilhas (troncos, raízes), concentração máxima, ao mínimo descuido podia hipotecar a prova…chegamos ao abastecimento em Bastareny (+-km70), relaxei um pouco…os voluntários-organização, mais uma vez fabulosos perguntaram-me se estava bem, o que precisava…recordo-me de ter dito (preciso de umas pernas novas… muitos risos, reconfortante), entretanto ouço em Catalão “tus amigos no han esperado”, agradeci a amabilidade…mas tinha de ir…pouco tempo depois alcancei-os, mas fui obrigado a gastar muitas energias…agora era sempre a subir até refugio de Sant Jordi, depois de 70 km aquelas subidas eram autenticas paredes, pouco depois o outro corredor rebentou por completo…só caminhava…estava em dificuldades, o ritmo era forte, a subida assim o exigia, faltava +-2km para o abastecimento de Sant Jordi, tinha ficado sem agua no camel bag, lição…nos abastecimentos não dá para relaxar…decisão difícil…baixar o ritmo…economizar ao máximo energias até ao abastecimento…tinha de ser…custou ver Zigor desaparecer…mas não me restavam alternativas…
Finalmente, com muito esforço, tonturas a mistura…estava desidratado…cheguei ao abastecimento... vinguei-me hidratei o suficiente…mas atestei o camel-bag e o bidão, restava agora menos de 12 km, sensivelmente 1hora para o final…
Começava a escurecer, o sol estava do outro lado da montanha, as arvores não deixavam sequer ver as estrelas, foi como se ficasse noite de repente… momento de usar o frontal…mais uma lição, o material jamais se experimenta em prova…optei por levar um frontal leve (SOS) …meu deus…ter aquele e nenhum é mesma coisa…tinha de aceitar o erro…concentrar-me no terreno era a prioridade, cair estava fora de questão…uns km á frente os meus olhos tinham-se habituado a noite…fantástico…
Tinha saído da floresta, estava agora no asfalto? Enganei-me…não pode, estava confuso, tinha a certeza que o caminho era aquele, tinha seguido as fitas.não havia nada que enganar…apareceu um carro, estava cheio…as pessoas quase saiam pelas janelas… felicitavam-me, não percebia nada…até que entendi…seguir a estrada +-2km, depois entrar novamente no trilho em direcção a Meta…como é possível isto acontecer…não tinha reparado que as fitas reflectoras estavam penduradas nos raides da estrada…enorme confusão, é o desgaste...
Estava a terminar, hora dos telefonemas…sentia necessidade de partilhar aquele…ainda não avistava a meta, mas ouvia na perfeição a música que tinha deixado para trás logo de manha “ O Ultimo dos Moicanos”, cada vez mais alto…estava a chegar…
Grande momento, tinha terminado…desta vez ganhei…



Aventura na Grancanaria 2011

The North Face Transgrancanaria 2011

Desnível: 8.500m


Distancia: 123kms

Tempo Limite: 30horas

Sexta-feira dia 4/03/2011, 15.00horas check-in no aeroporto para rumar a Grancanaria.
Ao contrário da maioria dos atletas a chegada a Ilha Espanhola estava prevista 5horas antes da partida, factor que causava ansiedade e nervosismo, por fim a hora prevista estávamos em solo Espanhol.

A 1º preocupação foi jantar, para de seguida, apanhar o autocarro que nos levaria a partida- Praia dos Ingleses – Maspalomas.
No meio de toda adrenalina lá estava na partida, o ambiente era alucinante, cerca de 300 atletas em alvoroço, mas o nervosismo estava estampado no rosto de cada um, 123kms impõe muito respeito.
Sem me aperceber tinha dado inicio a prova, companhia inicial de 2 grandes atletas portugueses Telmo Veloso (Companheiro de treino) e João Faustino (Ultra maratonista experiente), os 1ºs km foram feitos na areia, mas sempre a bom ritmo, mal saímos da praia entramos num percurso cheio de pedra solta, de seguida estávamos a entrar na Montanha, seriam 82kms até ao ponto mais alto 1930m.

 Tinha deixado para trás os meus companheiros, fui atrás de 2 atletas, espanto o meu quando reparei que um deles era Lizzy Hawker atleta da THE NORTH FACE, vencedor do Ultra Trail Du Mont Blanc 2010, passei por ela a todo o gás. Entretanto estava com mais 4 corredores, a corrida tinha só agora começado, rola-se a um ritmo alucinante, as subidas eram enfrentadas como se fosse a ultima, andei uns bons km na pendura destes tipos, pensava eu que me estavam a “obrigar” a tomar a dianteira, e lá fui para a frente, a subida nunca mais terminava, era feita com as mãos nos joelhos, ao chegar ao topo apanhávamos uma estrada de asfalto para chegar ao KM 30: Ayagaures, abastecimento líquido, quando abastecia reparei que os tinha deixado para trás, estava com 2h.28m.
Começava a chover, altura de vestir o impermeável e calçar as luvas, pois o frio já se sentia. Estava com 3horas de prova, teria que enfrentar as dificuldades do percurso (muita pedra escorregadia), mas a preocupação principal, visto que a visibilidade era pouca (chuva encadeava o frontal), era não perder de “vista” as fitas reflectores de indicação do percurso (estava muito bem marcado, em muitos pontos com sinalização luminosa), sentia que a partir daquele momento, ia começar a doer.
Já rolava algum tempo sozinho, não avistava luzes de frontais a trás de mim e muito menos a frente; tinha conseguido o equilíbrio mental e físico, estava em piloto automático, naquele momento o principal objectivo era progredir o máximo e rápido até ao amanhecer. No abastecimento dos 42kms, houve o 1ºcontrol de passagem, disseram-me “estás em 5º”, naquele preciso momento a classificação era o que menos importava, não devia distrai-me do objectivo principal (fazer a minha prova, o resto que vier é por acréscimo). Até ao abastecimento dos 62kms o tempo passava lentamente, ainda não havia sinais na montanha do sol nascer, eram 6h.20min, depois de abastecer e sair a fugir, fez-se luz, o sol do outro lado estava a dar sinais de vida, corria lentamente em sua direção, amanheceu, hora do pequeno-almoço, mais um gel…o corpo pedia café e uma cama, o sono estava a apoderar-se de mim, mas tinha que acordar…
Agora estava a enfrentar a parte mais dura da prova, +- 20kms em subida, até ao ponto mais alto 1930m, terreno muito técnico e em single tracks, muita rocha, zona com cordas para facilitar a progressão pois as subidas eram autênticas paredes, parecia que estava a escalar, 19kms em 3h.5m, palavras para quê…uma dureza.
Chegada a Garañón km 81 (abast.Sólido e Liquido), mais um controlo de passagem, era altura de repor as energias, entrei no acampamento, fui directo a café, mas fui interrompido, por um membro da organização “ verificacion de material obligatorio”, além de me ter interrompido o pequeno-almoço, não entendi muito bem o porquê, dei-lhe a mochila para as mãos “vê tu, que te de comer”, agora sim estava a saborear o tão desejoso café, mas com o olho numa massa com óptimo aspecto, foram 3 pratos de massa com chouriço, tantas horas a gel e barras energéticas, era um manjar.
Com aquela vontade toda de comer nem me apercebi, que tinha acabado de sair os atletas da prova dos 42kms (maratona), mal saio do acampamento, pareciam formigas pelos trilhos, comecei logo a ultrapassar os mais lentos, momentos de arrepiar, aplaudiam-me como se fosse um herói, quantos mais atletas da maratona passava mais eufóricas eram as suas manifestações de incentivo á minha pessoa, muitos até queriam tocar, outros perguntavam se precisava de algo, ao que eu respondia “necessito de unas pernas nuevas”, risos…, fisicamente foi muito desgastante, ter de fazer muitas ultrapassagem, em algumas descidas ter que travar, pois nos trilhos só passava um atleta e mal (single track), e num espanhol manhoso pedir alas a passagem, mas a nível psicológico foi muito bom, sempre tinha companhia e incentivo.
A chegada a Teror km100 (abastecimento), foi espectacular, a Vila estava cheia de pessoas, ao nível da Volta a França em bicicleta, entrei, fui directo a Coca-Cola, enquanto bebia chamaram pelo meu nome “Armando”, nem queria acreditar, Marco e o Luís no abast. Dos 100km, espectacular…rapidamente explicaram-me que tinham-se enganado no percurso, fizeram o desvio para a prova dos 96km, mas naquele momento a preocupação deles foi em dizer-me que estava em 5, e se precisava de alguma coisa, não hesitei e pedi ao marco 1gel, sabia que os últimos 23km iam ser longos, e açucare de absorção rápida são bem-vindos.
Despedi-me deles e fiz-me a estrada, os 16kms seguintes foram percorridos, num Parque de lazer, em asfalto e estradões, para quem levava 100kms nas pernas até não foram assim tão maus… mais um abastecimento km116, era o ultimo, hidratei bem, abasteci o porta bidão, agora sim, não me saía da cabeça que podia acabar a Transgrancaria em 5clas, mais 3 km percorridos e só pedia as pernas para aguentarem, do km 117 ao 121, foram um dureza para as articulações, estava a tentar correr em cima de pedras, a preocupação era não torcer nenhum dos pés…finalmente já se via a praia des las Canteras, os últimos 2 km eram em asfalto rumo á meta (junto ao Auditório Alfredo Krauss), quando entrei na marginal senti um arrepio no corpo, estava prestes a terminar mais uma aventura, 2meses de treino e muitos sacrifícios tinham valido todo o esforço, entro na reta da meta, ouço logo a minha fá nº 1 (Ivone Ferraz), já a conseguia ver, num abrir e fechar de olhos as nossas mão tocaram-se, tinha que cruzar a linha de chegada…terminado 14h32m,5ºclasificado…todo o trabalho, entrega, dedicação, sacrifícios, tempo; não foram em vão, mais uma vez tinha-me superado, abriu-me o apetite para novos desafios (mais longos).

Transgrancanaria 2011

Transgrancanaria 2011
No pódio com Sebastien Chaigneau

Transgrancanaria 2011

Transgrancanaria 2011
A nossa Bandeira